Impossíveis histórias. É tudo que tenho. As mãos cheias e os dedos vazios. O coração numa encruzilhada sem direção alguma. O viajante que desconhece o roteiro, mas que continua sua trilha. A areia escorre. Os grãos possuem algum brilho.
Andar é o que podemos. Chorar é o que temos. Milhares de vezes as mesmas palavras. Juro por tudo o que puder que o esquecimento não morará em mim.
A chuva cai. Em dias tristes. Em dias alegres. Tanto faz. O luto é o mesmo. Catamos mais migalhas que os pombos. Contra a maré é o nosso partido. E o coração partido como já falaram outros tantos. Eu quase que notei. E também tomei nota. Há muitos espelhos e quase nenhum rosto. Esqueça por ora as tristezas. Dia sim, dia não. É porque os pés são de veludo, mas as mãos são de aço.
Todos os caminhos vão dar em Roma. Hoje é seu dia de folga. E qualquer hora dessas eu consigo. Um grande amor mesmo que seja bem pequeno. Mesmo que seja na véspera das minhas cinzas. Quase que não aprendi minha lição. Observem atentamente, percebam o meu nervosismo. Eu gaguejo como os que estão sãos. As minhas histórias são banais e com um final mais que previsto.
Os detalhes se acabaram e é impossível ler os epitáfios sem que sejam quebradas as lápides. Eu faço por gosto todas as minhas reclamações.
Meus mortos estão todos lá. Alguns e outros em arrumadas fileiras. Tenho algumas névoas como é de praxe. Nada que não se resolvam com umas boas anedotas. Boas gargalhadas nunca são demais. Mesmo quando em horas solenes, em horas impróprias. Somos o que somos. Destros canhotos. Em um samba do crioulo doido. Sem esquecermos das polcas e lundus.
Aqui está nosso pescoço! Podem colocar logo a corda. Faltam apenas alguns minutos para daqui há pouco. E todo tempo, todo tempo mesmo que necessário seja.
Festas são necessárias, todas elas. Várias fogueiras então. Estrelas subindo sempre e muitas. Aéreas sinas e alguns sinais. Vários símbolos secretos que escondemos sob as mangas.
Impossíveis histórias. E um caminhar quase na sombra...
(Extraído do livro "Impossíveis Histórias" de autoria de Carlinhos de Almeida).
A chuva cai. Em dias tristes. Em dias alegres. Tanto faz. O luto é o mesmo. Catamos mais migalhas que os pombos. Contra a maré é o nosso partido. E o coração partido como já falaram outros tantos. Eu quase que notei. E também tomei nota. Há muitos espelhos e quase nenhum rosto. Esqueça por ora as tristezas. Dia sim, dia não. É porque os pés são de veludo, mas as mãos são de aço.
Todos os caminhos vão dar em Roma. Hoje é seu dia de folga. E qualquer hora dessas eu consigo. Um grande amor mesmo que seja bem pequeno. Mesmo que seja na véspera das minhas cinzas. Quase que não aprendi minha lição. Observem atentamente, percebam o meu nervosismo. Eu gaguejo como os que estão sãos. As minhas histórias são banais e com um final mais que previsto.
Os detalhes se acabaram e é impossível ler os epitáfios sem que sejam quebradas as lápides. Eu faço por gosto todas as minhas reclamações.
Meus mortos estão todos lá. Alguns e outros em arrumadas fileiras. Tenho algumas névoas como é de praxe. Nada que não se resolvam com umas boas anedotas. Boas gargalhadas nunca são demais. Mesmo quando em horas solenes, em horas impróprias. Somos o que somos. Destros canhotos. Em um samba do crioulo doido. Sem esquecermos das polcas e lundus.
Aqui está nosso pescoço! Podem colocar logo a corda. Faltam apenas alguns minutos para daqui há pouco. E todo tempo, todo tempo mesmo que necessário seja.
Festas são necessárias, todas elas. Várias fogueiras então. Estrelas subindo sempre e muitas. Aéreas sinas e alguns sinais. Vários símbolos secretos que escondemos sob as mangas.
Impossíveis histórias. E um caminhar quase na sombra...
(Extraído do livro "Impossíveis Histórias" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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