sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Aflição Sem Aflição

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Desconheço o simples absoluto
E em horas amargas faço o meu canto
Poeira de estrelas no chão da sala
Nada mais pode ser dito em palavras
Mas os gestos de meus olhos dizem tudo
Não sei bem quais razões insubstituíveis 
Mas pelo menos uma delas há de ser
Esquece meu apelo ele não existe mais
Quero apenas a respiração seguida
E que o tempo passe no seu tempo certo
Não é porque existe alguma coragem em mim
Acho até que isso nunca existiu ou existirá
Eu sou apenas a rocha que sem choro
Recebe as torturas do clima que está sempre ruim
Pode ser que algum dia alguém se penalize
De algum dos segundos que estão na agenda
Mas pode ser que já seja tarde demais
Nada passa e tudo permanece no esquecimento
Posso sentir cada instante vivido se o quiser
Os mortos nem sempre descansam no solo
Andam por aí revivendo antigas histórias
E rindo de velhas piadas que perderam a graça
Nada quero a não ser antigos desejos 
Hei de fazer como muitos desesperados
Farei de conta que nada mais me aflige
E nessa hora é que talvez doerá bem mais...

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