quinta-feira, 31 de julho de 2025

Tapete Velho

Não sou rei de coisa alguma

Nem de velhas fantasias que um dia vesti

Riram de todos os meus amores

Apenas áudios que ninguém escutou

Quebraram todos os meus brinquedos

E o seu destino foi qualquer lixeira

Como a que um dia seremos sepultados

Minhas febres são mais constantes

São parecidas com batimentos cardíacos

Até na maior calmaria estou desesperado

Não faço versos para que todos gostem

A realidade é para ser e não objeto de deleite

Nem só de pão poderemos viver sempre

Mas também dos tiros que não nos alcançaram

As moscas anunciam direto sua vinda e voo

Nossa privacidade é cada vez mais pública

E os discos voadores agora se fazem de Uber

O meu tamanho é de uma névoa qualquer

E ondas estão tirando onda com a minha cara

Todo capricho é agora o mais desleixado

Esqueci e convidei os canibais para jantar

Um daqueles como paredes com mosquitos mortos

Não sou rei de coisa alguma e nem serei...


(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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