O jovem bem-comportado embriagou-se rapidamente.
Não existe nada que emocione mais que um asno inteligente.
Nossos belos trocadilhos nos tornam uma raça demente.
Ainda bem que certos venenos não possuem uma semente.
Lili Carabina.
Lili carafina.
Lili queratina.
A gostosa deu logo atrás para depois tomar na frente.
Conversei com um cara estranho que era meu parente.
Esse trem da Central parece mais com uma serpente.
Quando o mundo se acabar vai ser tudo tão diferente.
Mané Maluco.
Mané Macuco.
Mané Caduco.
Macarrão no pão só servia se estivesse aldente.
Faltou água e eu fui batizado com aguardente.
Ganhei uns óculos que estavam faltando a lente.
Aqui não tem chapa fria pois a chapa é quente.
Zezé Cabeludo.
Zezé Cabeçudo.
Zezé Caracudo.
Tire o dedo do nariz seu macaco saliente.
Tem burguês enganado pensando que é gente.
Costela no bafo para o freguês tão exigente.
Toda a minha calma é sobretudo impaciente.
Zé Qualquer.
Zé Talher.
Zé Mulher.
Subi num poste porque estava mais doente.
Naquele tempo até a cama macia era a patente.
Aquele meu argumento foi o mais intransigente.
Ele tinha cabelo grande e esqueceu de ter pente.
Cara Suja.
Cara Cuja.
Cara Puja...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário