terça-feira, 29 de julho de 2025

Fere A Ferida

Discos voadores caseiros

Mãos atadas com sujas gases

O pandeiro tem som de violino

E a aranha agora é costureira


Pragas encomendadas pela net

Limpem a bunda com os jornais

Minha educação apenas zero

Atrás do trio sem eletricidade


Nova devoção para o Capeta

Qualquer família se despedaça

Novo refrigerante de água suja

A virgindade é mais pesadelo


Eu não tenho pena nem dimin

Faço a barba arrancando-a 

Até a famosa virou uma bosta

Tenho síndrome da síndrome


Eis a tirania mais democrática

Tão velozes os nossos algozes

Temos a liberdade da prisão

A bala nunca teve uma casca


Meu cinzeiro também fuma

Vi uma peruana da Jamaica

Estrebuchou no dia da estreia

Só acredite em suas mentiras...


(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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