O tempo roerá meus ossos
Como cães de rua...
No jardim crescerá o mato
Quintal abandonado...
A água da fonte se turvará
Tudo ficou parado...
Aquele papel ficou amarelo
Ninguém teve culpa...
A oração não foi atendida
Mesma havendo fé...
Até os amores são quebrados
Como vidro caído...
É tudo apenas mais um jogo
Marcaram as cartas...
Eu sou maldito como sempre
É a minha triste sina...
É tudo temporada de caça
Nós somos patos...
Toda a vulgaridade me atrai
É quase uma sina...
Toda novela pode ser real
Isso depende muito...
Minha lápide é só um verso
Será então esquecido...
No tempo roerei meus ossos
Somos cães de rua...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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