segunda-feira, 14 de julho de 2025

Apenas Ossos

O tempo roerá meus ossos

Como cães de rua...


No jardim crescerá o mato

Quintal abandonado...


A água da fonte se turvará

Tudo ficou parado...


Aquele papel ficou amarelo

Ninguém teve culpa...


A oração não foi atendida

Mesma havendo fé...


Até os amores são quebrados

Como vidro caído...


É tudo apenas mais um jogo

Marcaram as cartas...


Eu sou maldito como sempre

É a minha triste sina...


É tudo temporada de caça

Nós somos patos...


Toda a vulgaridade me atrai

É quase uma sina...


Toda novela pode ser real

Isso depende muito...


Minha lápide é só um verso

Será então esquecido...


No tempo roerei meus ossos

Somos cães de rua...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida). 

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