Eu tentei porque tentei porque tentei
Em manhãs ensolaradas de chuvas torrenciais
Transformar tardes de domingo em segundas
Pelo simples fato de domingos me entristecerem...
Caminhei porque caminhei e caminhei
E meus pés ainda estavam ali mesmo cansados
Numa grande e inusitada aventura comum
De saborear pedaços sem gosto de minha rotina...
Celebrei porque celebrei e celebrei
Algumas tristezas que chegaram a tempo da festa
O inusitado veio agora nos fazer companhia
Até o óbvio possui certos ares de inesperado...
Gritei porque gritei porque gritei
Foram tantos os estilhaços do nosso dia-a-dia
Que o sangue serviu para lavar nossa calçada
E ossos dos mortos assim todos tremeram...
Apaixonei porque apaixonei e apaixonei
Como se ela fosse todas as nuvens que tem o céu
Junto à as águas de todos os rios e os oceanos
Mas ela é uma ilha ignorada que não tenho mapa...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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