sábado, 26 de julho de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 351

Não seremos mais como dois animais, meu amor. Esse tempo passou, já está passado, sem nada mais para lamentar. Seremos agora como dois vegetais, dois vegetais sim. Quais? Escolha você... Apenas nos olharemos sempre, isso se formos duas margaridas... Mas acho que seria bem melhor, seu eu fosse uma árvore qualquer, daquelas que só o tempo move, Por causa dessa minha timidez que nunca passa, sabe? E você? Qualquer uma que estrangule meu caule com certo carinho, como sempre foi...


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Coloquei aquela foto sua, antiga, coloquei mesmo. Uma antiga escolhida ao acaso, tão bonita. Onde tens um sorriso que posso chamar - enigma, Ignoro o motivo dele, nem sei da data precisa, onde foi tirada e, muito menos, quem tirou. Só reconheço o mesmo rosto que mirei milhares de vezes, isso mesmo, milhares, pessoalmente ou nos muitos sonhos que tive. Já tem um tempo que não nos vemos pessoalmente, tempo malvado este. Acho que algumas rugas novas são novas companheiras, mas isso não importa. Fique aí sorrindo do mesmo jeito, meu amor, como fundo da área de trabalho do meu pobre Pc. Boa noite, meu amor...


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A luz não se apagou...

Nós que a apagamos!

Na nossa inconsciência maliciosa

Dessa tal de primeira vez...

Queda de eternos dominós...

Castelo frágil de várias cartas...

Todos os grãos de areia...

Infinitas estrelas de sei lá...

A luz não se apagou...

Pois era chama!!!...


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Todo medo é de agora.

Haverá um dia seguinte?

Toda respiração ofega.

Qual será nosso risco?

As canções tocavam.

Todas pararam de vez?


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Meu sangue cansa.

Água de intermináveis rios.

As fumaças sobem.

Pássaros etéreos sem asas.

As palavras conspiram,

Para um novo qualquer poema.


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A minha antiguidade tem um segundo.

As novidades saltam dos espelhos ao chão.

Quem hoje tem uma história engraçada?

Eu sinto algumas vertigens sem controle.

Mas ainda permaneço com vontade de voar...


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A única coisa que sobrou dos mortos

Foi seu nome em minha memória.

Talvez alguma fotografia se acontecer.

Mas o mais certo que assim sobrou

Foram os fatos que nem o tempo apaga...

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