quinta-feira, 31 de julho de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 352

 

Andava com pressa na rua

(Seria uma rua mesmo?)

E dessa vez nem era notada

(Fato inédito! Fato inédito!)

Em cada uma sempre alguém...

Compromisso inadiável...

Absurdo não ir no próprio funeral...


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Quantos poetas esconderam seu rosto?

Quantos choraram mesmo em silêncio?

Sou apenas um velho que a vida deu as costas.

Ou talvez um menino brincando de roleta-russa.

Calados! Não falem mais absolutamente nada...

Quantos choraram mesmo em silêncio?

Quantos poetas esconderam seu rosto?...


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Não é vingança

É apenas consequência

O tempo tem fome

E muita fome mesmo

Tem fome e ardis

Pensamos que crescemos

Mas só envelhecemos...


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Esses meus erros são repetidos

Pois todo humano tem a mesma mania

- Repetir seus erros mais cruéis -

Cruéis e idiotas por falar nisso

São muitos e é difícil enumerá-los:

Um deles é o sonho e o outro - o amor...


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Eu poderia ficar rindo até o final dos tempos

Seriam risadas mistas de achar graça e contentação

Pois fico voando feito uma pequena mosca

Que não importa nem onde mesmo pousa

Quem me mataria não tem minha habilidade

E acabou esquecendo de comprar inseticida...


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É que certas sonoridades me encantam

Mesmo que pareçam de outras naturezas

Que pertencem aos outros sentidos:

O cheiro dos cinemas são uma trilha sonora

O movimento da praça aqui perto 

É muito semelhante a uma ciranda acontecida

Velas acesas pelas encruzilhadas nas segundas

Lembram-me canções que foram atendidas...


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Quem não tem, queria ter

Quem tem, não queria

O jovem só deseja envelhecer

Quem envelheceu, chora por isso

Nada é permanente entre nós

Somente toda a impermanência...

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