O silêncio é de ouro, o falar é de prata...
Aquilo que cura também mata!
Na travessia de Caronte
Uma moeda é o bastante
Para atravessar essa ponte
Só basta um instante...
O silêncio é de ouro, o falar é de prata...
Tem miserável de terno e gravata!
Abriu a caixa de Pandora
Espalhou a praga
Se num castelo você mora
Mesmo assim mija e caga...
O silêncio é de ouro, o falar é de prata...
A vida é agradecida e também ingrata!
Todo sangue é vermelho
Toda ferida é marrom
É mais real o espelho
Não há mau nem há bom...
O silêncio é de ouro, o falar é de prata...
Ser o melhor é a mais pura bravata!
O peito da gostosa cai
O artista perde a fama
Aquilo que vem também vai
Porco é que gosta de lama...
O silêncio é de ouro, o falar é de prata...
A alegria sempre é a mais barata!
O prédio um dia volta ao chão
O tempo sempre tem fome
Eu não sei fazer a canção
E nem sequer o meu nome...
O silêncio é de ouro, o falar é de prata...
Onde está o tesouro? Na lata!...
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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