terça-feira, 22 de julho de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 349


 Toda fé é mórbida.

Spinoza 100%

Todo intolerante um boçal.

Que Deus?

Deixem-me orar sem pedir.

As borboletas levam...


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Coloque uma porta no coração para protegê-lo.

Cuidado que a ternura demasiada pode sangrar.

Guarde seu jardim com a própria vida.

Só escreva versos se estes forem em excesso.

Seja tão bom com os animais como eles são.

Não espere que o dinheiro possa te salvar.

Procure o que é doce até no que é amargo.

Abra sempre essas janelas que se chamam olhos.

Viva o possível até que o último momento chegue...


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Bananas e laranjas seu João Laranjeiro vendia.

Sempre na carroça velha com seu cavalo velho também.

Estava sempre sozinho. Nunca veio com ninguém.

Mas estava sempre feliz. Qual era o seu segredo?

É que ele vivia todas as aquelas ruas. O mesmo bairro.

E colhia um pouco de felicidade de cada rosto que via...


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Mais que os poetas famosos 

que vendem milhares de livros (milhões até!)

Aí está o adolescente desajeitado

que machucou a casca de uma árvore

para escrever: "Eu te amo"!!!


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O que eu tinha...

O que eu tenho.

Eu tenho tão pouco!

Fora a doença, a velhice, a pobreza;

Tirando a solidão, a tristeza,

Guardo em mim todo sentimento do mundo,

Encarcero todo tempo que me resta...

O que eu tenho...

O que terei.

Eu tenho até demais!!!


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- Parece que viu passarinho verde!

- Não, era azul.

Da mesma cor de todas as rosas!...


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Não tenho medo as guerras.

Desde que me entendo por gente

Os homens se matam por nada

E afinal ninguém tem razão alguma.

O que me dá medo é a falta de esperança...

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