Foi antes, bem antes
(nem real era, mas que seja)
e meus sonhos ainda sabiam avoar...
Num tempo num tempo
(eu ainda tinha relógio)
e tinha tamancos para meus pés...
Era uma outra cidade
(sem tantos crimes que apavoram)
e até muitos maus também era bons...
Eu sou grande em nada
(grande sempre essa tristeza)
mesmo assim teimando em sorrir...
Foi antes, bem antes
(nem real era, mas que seja)
e meus sonhos ainda sabiam avoar...
Moço, me vê um real de bala aí?...
(Extraído do livro "O Espelho de Narciso" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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