Caminho como um bêbado na corda bamba
Eu não conheço hora alguma, eu não sei
Esfacelo montes de estrelas com as mãos
Meu amor, onde foi que eu te guardei?
Não sei medir nenhum dos meus versos
Pois eles vêm quando menos esperei
São pobres como eu, até mais pobres
No meio da pobreza em que sou rei...
Eu junto alguns papéis mais velhos
Para as cartas que nunca mais escreverei
Os meus mortos estão sim me esperando
Mas eu nem sei pra onde e nem quando irei...
O destino é uma piada quase sem graça
Eu prometo, prometo que nunca mais rirei
Mas da mesma forma, sem desespero
Não terei mais as lágrimas que já chorei...
É tudo tão mais complicado, o simples é
Feito aquele carretel que eu mesmo enrolei
Um dia haverá mais outros carnavais
Como um daqueles que um dia eu brinquei...
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