Com seus brincos de falsa cigana
ela sorria quase sempre...
Num tempo antigo e agora apagado
suas poucas carnes nada importam...
Eu sou o corvo que pousa na lápide
que foi esquecida por aí...
Ainda sobrevivo tal lágrima teimosa
descendo em câmera lenta...
Aquele ônibus foi um nunca mais
e se eu soubesse teria me desesperado...
Com suas argolas de falsa cigana
ela só ria sempre e sempre...
(Poema para Valesca B. Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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