Um frio qualquer
que invade a alma,
Não quer mais o corpo,
já se cansou dele...
É a madrugada de dia,
é o fim da alegria...
Um frio qualquer
muito abaixo de zero,
Que me dá mais dor,
como estar num gulag...
Eu grito chamando a folia,
mas só vem a agonia...
Um frio qualquer
desses que enrijecem,
Que me faz virar
um cadáver na gaveta...
Não há verso, nem poesia,
não sou a nau, a avaria...
Um frio qualquer
como qualquer um desses,
Que um dia desses
me levará embora...
(Extraído do livro "Leonardo e O Chão" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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