quinta-feira, 3 de julho de 2025

Um Frio Qualquer

Um frio qualquer

que invade a alma, 

Não quer mais o corpo,

já se cansou dele...


É a madrugada de dia,

é o fim da alegria...


Um frio qualquer

muito abaixo de zero,

Que me dá mais dor,

como estar num gulag...


Eu grito chamando a folia,

mas só vem a agonia...


Um frio qualquer

desses que enrijecem,

Que me faz virar

um cadáver na gaveta...


Não há verso, nem poesia,

não sou a nau, a avaria...


Um frio qualquer

como qualquer um desses,

Que um dia desses

me levará embora...


(Extraído do livro "Leonardo e O Chão" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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