Não sei o que eu quero,
Mas quero...
Não sei o que eu posso,
Mas posso...
Não sei onde vou,
Mas vou...
Assim como borboletas
Que se pensam pássaros...
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Eis o trem!
O trem da vida, seu moço,
O trem da vida...
Sem pressa e sem calma,
Em velocidade ignorada,
Por entre terras de destino...
Um dia ele chega...
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Eu quero rir, mesmo na tristeza.
Enxergar tudo, mesmo na escuridão.
As perguntas que faço, devo respondê-las.
São meus pés que me levarão pelo mundo.
E minhas asas? Nasceram comigo...
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Não dói tanto. E se doesse faria parte.
Não queima tanto. Se queimasse era fogueira.
Só sei que ando em ruas, procuro o sonho.
Que sonho? Aquele de não lhe perder mais...
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Pois a paixão é como uma tomada. Não coloque o dedo. Só se gosta de choques. O desejo é como um dia de tempestade. Só saia lá fora por conta e risco. O mal é como uma arma com defeito. Atire e o tiro sairá pela culatra. O mundo é como uma bola de futebol. Todos os dias que nascem. O juiz assopra o apito. A partida vai começar...
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No meio de uma multidão silenciosa
Onde todos passavam indiferentes
Consultando seus oráculos de tela
O poeta ia sem ter um destino certo
Alguém aí tem algum destino desses?
O imprevisto é o maestro da orquestra
No meio de uma multidão apática
Onde todos passavam como mortos
Eu tentava acender o sol da alegria...
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Todos eles estão contados, todos eles
Não adianta querer errar na conta
A vida tem mais de vinte dedos para isso...
Todos eles estão contados, todos eles
Não adianta querer enganá-la
A morte é boa em matemática...
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