domingo, 20 de julho de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 348

 Não sei o que eu quero, 

Mas quero...

Não sei o que eu posso, 

Mas posso...

Não sei onde vou,

Mas vou...

Assim como borboletas

Que se pensam pássaros...


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Eis o trem!

O trem da vida, seu moço,

O trem da vida...

Sem pressa e sem calma,

Em velocidade ignorada,

Por entre terras de destino...

Um dia ele chega...


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Eu quero rir, mesmo na tristeza.

Enxergar tudo, mesmo na escuridão.

As perguntas que faço, devo respondê-las.

São meus pés que me levarão pelo mundo.

E minhas asas? Nasceram comigo...


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Não dói tanto. E se doesse faria parte.

Não queima tanto. Se queimasse era fogueira.

Só sei que ando em ruas, procuro o sonho.

Que sonho? Aquele de não lhe perder mais...


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Pois a paixão é como uma tomada. Não coloque o dedo. Só se gosta de choques. O desejo é como um dia de tempestade. Só saia lá fora por conta e risco. O mal é como uma arma com defeito. Atire e o tiro sairá pela culatra. O mundo é como uma bola de futebol. Todos os dias que nascem. O juiz assopra o apito. A partida vai começar...


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No meio de uma multidão silenciosa

Onde todos passavam indiferentes

Consultando seus oráculos de tela

O poeta ia sem ter um destino certo

Alguém aí tem algum destino desses?

O imprevisto é o maestro da orquestra

No meio de uma multidão apática

Onde todos passavam como mortos

Eu tentava acender o sol da alegria...


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Todos eles estão contados, todos eles

Não adianta querer errar na conta

A vida tem mais de vinte dedos para isso...

Todos eles estão contados, todos eles

Não adianta querer enganá-la

A morte é boa em matemática...

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