Pois os opostos sempre se contraem
Os snipers agora usam estilingues
Os botões pularam da camisa ao chão
E as nossas férias passadas no hell
Quem aí gosta de brincar de pula-pula
Entre as montanhas do Himalaia?
Quanto mais vejo mais duvido de tudo
Principalmente de conversas amistosas
Os leões sempre aparecem pro jantar
Trazendo seus úteis tickets-refeições
Qual o milagre que podemos realizar
Nesses dias quase sem sal de hoje?
As artimanhas possuem algumas manhas
Ainda mais se os jogos forem de baseball
Nosso sangue é azul como qualquer um
E nossos espelhos sofrem de pura timidez
Etilicamente falando meu novo idioma
Quando está previsto nosso new Nirvana?
A peça veio com algum defeito de fábrica
Prazos de validade não possuem prazos
Eu te amo mesmo antes que existisse
Mas agora o meu trono está quase vago
Quanto vale aparecer pro mundo todo
Quando nos escondemos pra nós mesmos?
Todo preço de fama é por demais alto
Mesmo em calamidades que sejam íntimas
Cada estrela poderá ser pega com as mãos
Se os caminhos deixarem os pés passarem
Haverá uma ruga nova pra uma ruga velha
Ou nosso teatro vai perder toda sua graça?
Novos bacurais agora cantam pelos dias
Enquanto as morenas aboliram as minissaias
A maior polêmica que posso ainda realizar
É dar aquele mergulho na fossa das Marianas
Será na lua cheia ou será na lua nova
Que meu demônio despertará de seu sono?
Todos os dias que foram bons já passaram
Enquanto os maus nem ao menos chegaram
Um cigarro aí pro nosso nobre dançarino
Mas separem o milho que é para os corvos
Será verdade que os dentes cavam as covas
Pois nossa fome é bem mais que eterna?
Nem um conhaque eu tenho, nem um conhaque!...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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