quarta-feira, 2 de julho de 2025

Até Dança

Pois os opostos sempre se contraem

Os snipers agora usam estilingues

Os botões pularam da camisa ao chão

E as nossas férias passadas no hell

Quem aí gosta de brincar de pula-pula

Entre as montanhas do Himalaia?


Quanto mais vejo mais duvido de tudo

Principalmente de conversas amistosas

Os leões sempre aparecem pro jantar

Trazendo seus úteis tickets-refeições

Qual o milagre que podemos realizar

Nesses dias quase sem sal de hoje?


As artimanhas possuem algumas manhas

Ainda mais se os jogos forem de baseball

Nosso sangue é azul como qualquer um

E nossos espelhos sofrem de pura timidez

Etilicamente falando meu novo idioma

Quando está previsto nosso new Nirvana?


A peça veio com algum defeito de fábrica

Prazos de validade não possuem prazos

Eu te amo mesmo antes que existisse

Mas agora o meu trono está quase vago

Quanto vale aparecer pro mundo todo

Quando nos escondemos pra nós mesmos?


Todo preço de fama é por demais alto

Mesmo em calamidades que sejam íntimas

Cada estrela poderá ser pega com as mãos

Se os caminhos deixarem os pés passarem

Haverá uma ruga nova pra uma ruga velha

Ou nosso teatro vai perder toda sua graça?


Novos bacurais agora cantam pelos dias

Enquanto as morenas aboliram as minissaias

A maior polêmica que posso ainda realizar

É dar aquele mergulho na fossa das Marianas

Será na lua cheia ou será na lua nova

Que meu demônio despertará de seu sono?


Todos os dias que foram bons já passaram

Enquanto os maus nem ao menos chegaram

Um cigarro aí pro nosso nobre dançarino

Mas separem o milho que é para os corvos

Será verdade que os dentes cavam as covas

Pois nossa fome é bem mais que eterna?


Nem um conhaque eu tenho, nem um conhaque!...


(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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