Minha cara senhora dos domingos de ressaca,
Domingos pútridos, em linha reta para a morte...
Rainha das garrafas vazias numa mesma suja,
No boteco sujo, no meio de uma favela daqui...
Eu não sei o que foi,
Eu não sei o que será,
Sou apenas um velho,
Os meus metros são quilômetros...
Minha Messalina destes tempos tão mais ferozes,
A Sansara anda precisando de óleo lubrificante,
E os anjos viraram a cara para o nosso mundo
E se recusam a obedecer as ordens do Pai eterno...
Eu não sei o que foi,
Eu não sei o que será,
Sou apenas um idiota,
Os meus segundos são meses...
O mocinho da história é o que te mete a porrada,
Eu sambo no escuro igual a um peixe fora da água,
Arranjemos agora um carrasco que seja vegano
E façamos um brinde com um copo de insetos mortos...
Eu não sei o que foi,
Eu não sei o que será,
Sou apenas uma fera presa,
O meu segredo são milhares...
As chuvas caem de pé, mas agora correm sentadas,
Caetano agora fez o mais solene dos votos de silêncio,
As verdadeiras solidões estão nos vagões da Central
E eu ganhei na rifa um cocar de penas sintéticas...
Eu não sei o que foi,
Eu não sei o que será,
Sou apenas mais uma aberração,
Os meus olhos são todas as estrelas do céu...
Anjo das trevas, vem cuidar de mim...
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