Alguns segundos prolongados
Alguns centavos á mais na conta
Concordar com a vulgaridade
Correr de costas se assim for
Ganhar o prêmio dispensável...
Engolir a fala na hora do grito
Perder a razão mesmo estando certo
Gargalhar com a boca fechada
Ser apático como todos estão
Olhar as nuvens com olhos fechados...
Comer só o que a mídia manda
Fazer sexo quando falta o tesão
Pisar em cima de sonhos alheios
Votar no ladrão mais agradável
Conhecer o que é desnecessário...
Se acorrente nas redes sociais
Tente ser o mais desonesto possível
Idolatre quem não tem mérito algum
Faça papel de idiota se agrada
Tente passar a perna em Deus...
Perca seu sono por qualquer bobagem
Troque o que é real por falso otimismo
Invente uma fórmula mágica inútil
Ache que saiba de tudo que existe
Use a amizade como uma mercadoria...
Tente pensar que não é pobre-coitado
Que sobreviver é o que mais importa
Que o infortúnio só é para os outros
Que só você merece o seu perdão
E que não estamos nos escombros...
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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