quarta-feira, 23 de julho de 2025

Alguns Poemetos Sem Nome N° 350

Faço questão de não fazer questão alguma.

Somos compostos de infinitos sóis teimosos.

A sina é uma bailarina sorrindo mesmo séria.

A inspiração acabou pousando na cabeça.

Entre tantos pontos e vírgulas acabo cochilando.

Toda pergunta acaba brincando com a gente.

Faço questão de não fazer questão alguma...


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Colher margaridas é tarefa transcendental.

Na Vitória-Régia temos uma Clínica da Família.

Um dia desses as mortalhas serão estampadas.

Lembranças para a velha máquina de costura.

Mirei num pássaro e acertei em mim mesmo.

Todos os meus erros foram de forma calculada.

Todos os versos são como parentes estranhos.


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- Quero quatro caixinhas! -

mostrava a mão com cinco dedos.

E lá vinham as quatro caixinhas...

Falsa esperança do menino

em vir enganado um sonho à mais...


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Tenha muito cuidado com a cor

Que você escolhe para pintar sonhos,

Mesmo que depois você se arrependa

Acabamos lhe dando a eternidade...


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Todo parto é uma partida

Para ver o que não víamos

E continuar desconhecendo

Aquilo que não conhecíamos...


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É uma mentira dizer 

que algum esquecimento pode nos salvar, 

é mentira sim...

Quando temos a sorte de esquecer o triste, 

isso acabará nos salvando...

Geralmente é dele que nos lembramos mais...


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Por mais que haja silêncio nesta noite,

em cada uma delas, todas enfim, 

isto é só um simples engano,

enquanto meus ouvidos dormem,

uma orquestra sinfônica interminável

executa canções antigas 

em minha tão pobre alma...

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