terça-feira, 1 de julho de 2025

A Ilusão da Ilusão

As cartas não foram marcadas

Elas nem existiam...


Ando em cavalos-de-pau

Menino desesperado

Acordo no meio da noite

Era apenas pesadelo

Fumo mais um cigarro

Apenas por hábito...


As sentenças não foram proferidas

Esqueceram-se delas...


Repito sempre as lições

Nem pude aprender

O anonimato me persegue

Até o final dos tempos

Meus bolsos andam cheios

De planos incertos...


O destino debochou de mim

E sempre se repete...


Os teus olhos tipo de gata

Pedaços de abismos

O começo de cada final

É uma rua estreita

Não consigo mais ficar

Nem comigo mesmo...


Não farei mais uma pergunta

Por medo da resposta...


Todos os números insuficientes

Para tantas estrelas

Não ficarei mais de joelhos

Pois não sei mais rezar

Passará na sessão da tarde na TV

Os replays do fracasso...



Um tapete feito de brasas vivas

Não queima mais os pés...


Em terra onde só existem cegos

Quem enxerga é louco

Os filósofos agora só xingam

Pois não filosofam mais

Vou fazer logo aquele pix

Para comprar a morte...


Eu nunca esquecerei daquela canção

Que eu não me lembro mais...


(Extraído do livro "O Espelho de Narciso" de autoria de Carlinhos de

Almeida). 

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