Cada palavra é minha cúmplice
Tábua do desespero sem naufrágio
Tal como uma ferida e um afago
Faltou algum vírus para o contágio
Cada palavra é mais que um berro
Me embriaga mais do que cachaça
É teima e é sutileza e a um palavrão
Que o menino xinga e faz pirraça
Cada palavra vinda da boca ou mão
Com todos seus enfeites ou pelada
Empesteiam o ar fosse feito perfume
E se agora é tudo adiante será nada...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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