Pego todos meus vícios por osmose.
Nossa sociedade está em necrose.
Temos pavor de eternas procuras.
Queremos doenças e não curas.
Muitos dentes sem dentaduras.
O dia-a-dia nos traz aflição.
Não resolve nenhuma questão.
Prefiro as roupas de verão.
Somos news birds na gaiola.
Todos nós fugimos da escola.
Agora o mendigo que dá esmola.
Feche a boca pra cantar.
O cego já está a me olhar.
Eu tiro unidades pra somar.
Durmo na fila é confortável.
Toda empatia é abominável.
A incerteza é mais estável.
A caridade é tão vergonhosa.
Sei errar em verso e prosa.
Com tanto sexo ninguém goza.
Acreditar nas mentiras inventadas.
Transformar seus sonhos em nadas.
Achar as catástrofes engraçadas.
Considerar defeitos coisas normais.
Achar ultrapassadas leis morais.
Fazer das guerras novos carnavais.
Prometer para nunca cumprir.
As carpideiras não estão nem aí.
Vamos lutar sumô com esse faquir.
O pet de estimação é a serpente.
Meu próximo só ser for parente.
Só existe uma estática mente.
Nossa sociedade está em necrose.
Temos pavor de eternas procuras.
Queremos doenças e não curas.
Muitos dentes sem dentaduras.
O dia-a-dia nos traz aflição.
Não resolve nenhuma questão.
Prefiro as roupas de verão.
Somos news birds na gaiola.
Todos nós fugimos da escola.
Agora o mendigo que dá esmola.
Feche a boca pra cantar.
O cego já está a me olhar.
Eu tiro unidades pra somar.
Durmo na fila é confortável.
Toda empatia é abominável.
A incerteza é mais estável.
A caridade é tão vergonhosa.
Sei errar em verso e prosa.
Com tanto sexo ninguém goza.
Acreditar nas mentiras inventadas.
Transformar seus sonhos em nadas.
Achar as catástrofes engraçadas.
Considerar defeitos coisas normais.
Achar ultrapassadas leis morais.
Fazer das guerras novos carnavais.
Prometer para nunca cumprir.
As carpideiras não estão nem aí.
Vamos lutar sumô com esse faquir.
O pet de estimação é a serpente.
Meu próximo só ser for parente.
Só existe uma estática mente.
(Extraído do livro "Palavras Modernas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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