Pela moeda
a queda
Pelo coração
nossa redenção
Pelos atos
os fatos
Pelos gestos
os protestos
Pela alegria
o dia
Sempre assim...
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Cada ator
cada cena
cada dor
grande ou pequena
tudo apenas
mais um estado
no imaginário
não sei onde vou
onde irei
mas ainda sou
quase um rei
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Eu prometo
de hoje em diante
sorrir mais sóis
e esquecer um pouco
de ser uma noite qualquer
usar mais improvisos
desde que o luto
seja banido de vez
Prometo ainda
brincar mais bem mais
com as palavras
até minha exaustão
não ser mais um quieto
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Há vários cemitérios por aí
uns mais assustadores
outros menos
mas de todos eles
o que é mais
também é o menor:
ele se chama peito...
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Acaba sendo engraçado
mesmo que pareça não
ter graça alguma
estou aqui mas estou lá...
Onde? Onde?
Estou aqui
mas minha alma
acompanhou meu coração...
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Sorrindo sempre...
Eis ao mesmo tempo
o grande segredo
e também a grande chave...
Não há mal grande o suficiente
para deter a alegria...
A morte é inevitável,
mas acaba perdendo sempre...
Sorrindo sempre...
Inclusive perante a tempestade...
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Eu nem sei...
Desculpem-me aí
mas a vida embriagou-me
de tal maneira
que os versos foram saindo
até não poder mais...
Os poetas não o são
porque assim o querem...
Os sentimentos
são iguais
à um exército de formiguinhas
atrás de açúcar...
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