quarta-feira, 17 de julho de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 19


alguém viu o dia por aí?
se viu, por favor, me avise
preciso muito dele
para clarear as noites 
que estão no peito
não tenho mágoa delas
mas nenhum cidadão
pode viver assim
alguém viu o dia por aí?
se viu, por favor, o chame
para vir ao meu encontro
mas pode vir sem muita pressa
ainda tenho umas estrelas
guardadas em meus bolsos...

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sem sons
apenas movimentos
tão bons
vivi estes momentos
era água parada
totalmente paradoxal
era um nada
mas sem tal igual
era tão você
só não sei se era eu
morri sem saber
qual uma foto que se perdeu

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meus poemas
eu tão aqui
não há mais ninguém
perto de mi 
uns aqui outros lá
despojado
desregrado
sem ninguém à olhar
verdes céus
negros mares
fui eu à pintar
razão?
razão não!

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o maior medo:
o medo do medo
a maior morte:
continuar vivo
morando na tristeza
a maior sorte:
a bala passou zunindo
à alguns centímetros
de seu alvo...

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eu vejo cores 
nas cores que vejo
todas elas vida própria
não apenas aos olhos
aos outros sentidos também
assim é assim será
despojado de qualquer enfeite
mesmo tendo todos
dias de festa assim
e alguns rios já passados...

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- Quem é o mais rico entre os homens?
- O que conseguiu ter o pouco que queria
preso em seus dedos.
- Qual o mais feliz entre eles?
- O que dispensou a lágrima alheia
para compor sua alegria.
- Quem viveu mais tempo na terra?
- O que usou cada segundo possível
para sua autenticidade. 
- Quem conheceu mais terras?
- Quem usou sua imaginação
para construir todos os sonhos.
- Por que fazer tantas perguntas?
- Não sei, pergunte para minh'alma...

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chuva chuva chuva
dos céus e em mim
vento vento vento
no maior jardim
chuva chuva chuva
por que me entristeceu?
vento vento vento
a tempestade sou eu

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