quinta-feira, 11 de julho de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 15


Eu tenho a idade do tempo...
Quer que eu prove?
Sou capaz de chorar 
de pura alegria
quando o sol atravessa janelas
dizendo que a tempestade passou...
Sou também capaz de chorar
com toda a tristeza do mundo
quando escuto uma canção
daquelas bem bonitas
e tenho certeza
que ela nunca mais...
Viu? Provei né?...

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Não estamos em selva alguma...
as coisas são como são...
é a nossa própria natureza
que acaba nos traindo...
somos maus e mesquinhos...
vivemos dando desculpas 
para nossas maldades...
Quer evoluir?
Faça todo o esforço possível
para ser um dia tão humano
quanto um bicho...

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Estou quase só
quando ando em ruas por aí
podem pensar que sou tolo
até eu me vejo falando sozinho...
Estou quase louco
fico rindo das nuvens
mas a culpa é delas
por serem tão bonitas assim...
Mas... Estou quase eu
porque prossigo meu caminho
e vou sem ao menos parar
conversando com os versos que me acompanham...

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O café quase morno
a solidão em torno
esperando quase calma
onde andará minh'alma?
o dia com seu balanceio
quase que um passeio
rimas e rimas dançando
e o meu coração tocando
uma música no ar
não sei mais chorar
O café quase morno
a solidão sem retorno...

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Sou um cara muito teimoso
abaixo a cabeça e confesso
continuo na sã insistência
de sonhar e de sonhar 
mesmo que sonhos corram de mim
a fumaça dos cigarros 
vão para lugares bem longe
talvez se juntem às nuvens
eu ainda não sei muita coisa...

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não ando meio triste
sou meio triste
não ando meio alegre
finjo alegria
e no meio dos homens
ainda levanto a mão 
para dizer:
sim! sou eu mesmo!
o cara que ainda tem esperança!...

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a estética nunca foi o meu forte
a rudeza encontrou morada em mim
as pedras são minhas testemunhas
elas são solidárias comigo sempre
tenho muito cuidado em não ferir
a delicadeza das coisas que amo
tudo deve ser suave sobremaneira
para que nem o coração 
sinta meus passos na noite

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