quarta-feira, 3 de julho de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 15


Roupas no varal.
Quintal.
Sol brilhando.
Até quando?
Novo começo.
Sem preço.
Eu quero rir.
Aqui e ali.
Tudo bom, tudo presta.
É festa! É festa!

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O amor já acabou - tempo passou...
A dor já começou - tempo passou...
A fogueira se extinguiu - tempo passou...
A estrela já caiu - tempo passou...
Não sei onde está o amor - tempo passou...
O meu brinquedo já quebrou - tempo passou...
A minha amada ninguém mais viu - tempo passou...
A morte já me sorriu - tempo passou...
A saudade já me levou - tempo passou...
Eu não sei mais quem eu sou - tempo passou...
Bendito seja o esquecimento!
Que leva tudo, até o tempo...

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Abre a janela!
Não importa tua tristeza, 
O dia será o mesmo...
Respire bem fundo,
Estás vivo e bem vivo,
Mesmo se não percebes
Essa tal coisa...
Dá mais uma chance para ti mesmo,
Espinhos não procuram dedos 
E nem abismos possuem boca...
Abre a janela!
Mas feche a porta, 
Os inimigos sempre vêm...

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Até os que não têm
mais esperança esperam...
Nós mentimos sempre
quando dizemos 
que não sonhamos mais...
Sonhamos sim, 
sonhamos muito,
é que às vezes
até os sonhos
se disfarçam de saudade....

..............................................................................

qualquer hora dessas
eu viro mesmo
aí nem eu vou aturar
esses suspiros 
de um amor inútil
nem esses versos
que vivem chegando
e nem batem mais
palma no portão...

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Os pés são mais sábios 
que as bocas,
os olhos falam
bem mais que elas,
algumas mãos
possuem mais ternura
em seus gestos
do que as palavras...
As bocas deveriam apenas
comer e sorrir...

.........................................................................

Coloco ávidamente em meu copo
o café que sobrou da noite passada,
acendo o primeiro cigarro 
do dia, feito quase um louco...
Como será esse dia?
Será grandioso ou cheio de tédio?
Vou rir muito ou chorar um pouco?
Não faço ideia, não sei...
Só posso afirmar uma coisa:
Nenhum de nossos dias
é aquilo que esperamos...

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