Iguais e tão desiguais
Por amor e desamor por mim
Dias atrás que parecem ontem
E o tempo me maltrata
E me acaricia simultaneamente.
Tudo valeu e nada valeu
E nem sei se enlouqueço ou sonho.
O comum e o inédito juntos
Como todos os opostos caminhando.
Nada sei porque tudo sei.
Só lembro daquilo que não existe mais.
O que aconteceu e o que deveria.
A noite ainda cai sobre mim.
Não me importo de chorar num canto
Se o choro for daquela saudade.
Tudo modifica se assim permanece.
Entre as pedras nascem flores
E os espinhos foram o melhor vestido.
Do baile de debutantes que não aconteceu.
Eu não sou a maldade e nunca serei
Porque consigo apenas ser o nada.
Sigam em frente seus caminhos
A mediocridade pode e é uma opção
Como quaisquer outras que existam.
As folhas são verdes enquanto não amarelam
Tudo era tão belo sem nunca ter sido...
(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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