É nesse palco que vamos desempenhando nosso papel
É nesse barco que vamos assim sempre navegando
E cada espinho que encontramos é simples e cruel
E nunca sabemos como, aonde e nem mesmo o quando
E acham-se assim misturados o nosso inferno e o céu
E é nosso destino rir mesmo quando estamos chorando...
Argonautas, triste fim,
Todo cemitério é um jardim...
E com mentiras bonitas somos então enganados
Estamos sempre cegos e nunca o percebemos
E há muitos tiros que partem de todos os lados
E nem percebemos as feridas que nós temos
E faltam exatas medidas para encaixarem dados
E outros tantos carnavais então comemoremos...
Argonautas, isso sim,
Não sei onde estou ai de mim...
E em longas e mortas filas vamos então envelhecendo
E nos enganamos sempre nos mais insanos carnavais
E nossos fantasmas vão de todos os cantos aparecendo
E nós gritamos até que não possamos gritarmos mais
E em nossas comemorações vamos assim morrendo
E nossas preocupações são todas elas todas gerais...
Argonautas, da morte vim,
Todo o meu sonho é tão chinfrim...
É nesse palco que vamos desempenhando nosso papel
É nesse barco que vamos assim sempre derivando
E cada pedra com que topamos se conduz simples e cruel
E nunca sabemos como ou porque estamos delirando
E vamos calar nossas bocas sem fazer nenhum escarcéu
E é nosso destino rir mesmo quando estamos chorando...
É nesse barco que vamos assim sempre derivando
E cada pedra com que topamos se conduz simples e cruel
E nunca sabemos como ou porque estamos delirando
E vamos calar nossas bocas sem fazer nenhum escarcéu
E é nosso destino rir mesmo quando estamos chorando...
Argonautas, triste fim
Nem eu sei porque vim...
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