Telhado sem giz
Medo de cair da escada
Se um dia fui feliz
É lembrança acabada...
É a chuva que cai
Tudo que existe dissolve
É uma dor sem um ai
E no final tudo se dissolve...
Páginas em branco
Letras que foram descoloridas
Não há um riso franco
Só muitas caras fingidas...
Chão de poeira
Não há como mais pisar
E a maior besteira
Foi um dia eu te amar...
Camisa suja enfim
O sangue parece batom
E agora até o fim
Me parece que é bom...
Telhado sem giz
Medo da morte esperada
Tudo na vida é um triz
Até esse meu nada...
(Extraído do livro "Eu Não Disse Que Era Poeira" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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