domingo, 7 de abril de 2019

Poemito Inocente

Resultado de imagem para quarto desarrumado
Insanamente obtuso como mais um
Os dias morrem sem nada para deixar
Como um copo de cachaça barata
Que se bebeu de um trago só...

Não há sentido algum na dor que temos
E nem na alegria que desejamos
Toda impossibilidade é a resposta certa
No concurso que nunca venceremos...

Os milagres esperam em fila indiana
As nossa cegueira nos salta aos olhos
Tudo o que nos agrada é fruto do acaso
Amamos às vezes coisas mui abjetas...

O inferno é composto de infinitos corredores
E da solicitude falsa que vivemos hoje
Mas que apenas repete o que foi contado
Em todas as fases da nossa história...

Estamos aturdidos conosco mesmos 
E mesmo assim miramos nossa penúria no espelho
E comemoramos tudo isso com um carnaval
Como um delírio diário sem explicação...

Os poetas gritam no mais sincero
Por causa do cinismo que habita as ruas
E dos ruídos das buzinas que surgem
Nos semáforos de todas as cidades do mundo...

Deixe aí oh meu grande e querido amor
O meu café até que ele esfrie de uma vez
E eu tenha todas as minhas lembranças apagadas
Porque nem a minha memória continua boa...

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