Não tenho mais medo algum
cada coisa tem seu tempo certo
mesmo quando pareça errado
nada é mais cedo ou mais tarde
a coincidência já virou rotina
Tudo tem sua razão
mesmo sendo a fatalidade
Por isso...
Não temerei a morte
quando ela chegar...
Fiquei um pouco mais insensível
o costume às vezes mata a carne
coleciono diversas cicatrizes
cada um reconta uma história
mesmo que ninguém ouça mais
É apenas um velho discurso
no meio de uma praça vazia
Por isso...
Dou boas-vindas à solidão
quando ela chegar...
A vergonha de certas atitudes
jaz no fundo da velha gaveta
de lá nunca mais vai sair
mesmo que não o queiramos
somos aquilo que somos
O caminho não possui um fim
e é por isso que nos perdemos
Por isso...
Não esconderei a velhice
quando ela chegar...
O vento invade minha janela
tão igual um aventureiro
vem falar aquilo que não sei
reviver sonhos mais antigos
que pensei estarem mortos
Nem sempre a tristeza vem
e a alegria faz suas vezes
Por isso...
Pedirei que fique comigo
quando ela chegar...
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