Vejo apenas um sombra
que o vento embala
numa fria noite...
Seu azul dos olhos
agora indistinguível
talvez brilhe em lágrimas...
Os postes são sóis
em que a chuva fina
faz algum bailado...
Lábios de sangue
pele de total palidez
silêncio mais que absoluto...
Todo o espaço se comprime
milhares de histórias
que nem sei mais contar...
A névoa das narinas
ou a fumaça do cigarro
fazem quase que desenhos...
Não há mais medo
não há mais choro
tudo se esgotou...
Tudo se transforma
em uma foto que envelhecerá
nos bits da rede social...
Apenas sombra...
(Para Isabel. V...)
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