terça-feira, 2 de junho de 2020

Da Natureza do Ser ou Grande Mergulho

Las sirenas llegan a Cuatro en el estreno de 'Siren'
Mergulho sem equipamento algum de segurança nesse grande abismo que ocupa a minha alma. Nada vejo senão a escuridão. Minha paixão aperta a garganta e eu quase morro sem ar. Mas teimo porque quero ir até o mais profundo possível.
Encontro monstros que são mais inofensivos do que eu...
Ando por labirintos de velhas paredes tão sujas onde tudo é apenas uma grande noite eterna. A minha mente é mais complicada. A bondade e a maldade brincam de roda em mim. Não posso evitar tal coisa porque essa é a minha natureza.
Se me encontrar com o Minotauro irei devorá-lo...
Caminho num deserto onde faltam algumas areias porque o asfalto tomou conta de todo espaço. O medo é meu grande acompanhante. As balas perdidas sempre acham alguma coisa. Nós mesmos arquitetamos o nosso trágico fim.
A Esfinge se cala diante de minha presença...
Os pombos são alvos pra meus tiros sem arma e sempre acerto. Num segundo apenas a chance está perdida. Eu choro do arrependimento que nunca tive. Sal e doce se confundem no céu sem estrelas de minha boca.
O Cérbero me balança a cauda alegremente...
Caronte me cumprimenta com um raro sorriso e pergunta se chegou a minha vez. Nunca sabemos qual é a hora exata. Às vezes eu sou a minha própria sombra e isso nunca me assombrou. Eu rasgo espessas chapas de aço pela mais pura diversão.
Dragões voam assustados com a minha presença...
Flechas de fogo riscam os céus onde habitam meus demônios. O Caos deve seguir meus rastros. Todo dia é uma etapa de uma caçada interminável. Aos vencedores as batatas chips.
A Medusa se mirou no meu espelho...
Os vermes não se arriscam mais em roer minhas pobres carnes e morrerem logo em seguida. Minha mudez arriscam berros que ensurdecem multidões. O coração é o primeiro à morrer. Todos os dias são dias de tempestades. 
As sirenas acabaram mordendo a isca...
Tudo o que é normal é muito estranho...

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