O meu chapéu de cavaleiro
enfeitei de rosas, muitas rosas,
como aquelas do jardim
em teus cabelos...
Eram dias que eu não conhecia nada,
mal sabia respirar e isso bastava,
era um tempo tão bonito,
quase todas as coisas bonitas morrem...
Morreu o jardim,
morreram as rosas,
um vento mal levou tudo embora,
levou eu e levou você...
Tudo enfim muda...
Mas...
De repente, Deus tem pena de nós,
alguma estrela sobrou lá no céu,
que nos ilumine no meio da noite
e essa noite infinita passe depressa
e uma outra manhã venha
(pode ser como qualquer outra)
e eu consiga ver
(nem que seja apenas miragem)
o mesmo jardim, as mesmas rosas
e que possa pegar mais algumas delas
pra pôr nos teus cabelos
e no meu velho chapéu
que achei jogado ali num canto...
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