quarta-feira, 10 de junho de 2020

Banquete de Sobras

Sobras O Residuos De Alimentos Después Del Banquete Cena ...
O que restou em cima de mesa, a incerteza, o que sobrou. Os sonhos, tristonhos, o que você me deixou. Franqueza? Eu acho que nada prestou...
O que restou em cima da mesa, o sobejo, o que ninguém devorou. As migalhas, as batalhas, o que ninguém ainda quebrou. Desejo? É tudo que já passou...
O que restou em cima da mesa, o lixo, o que ainda não se jogou. Pedidos, bandidos, que um idiota implorou. Sou bicho? Eu acho que alguém me elogiou...
O que restou em cima da mesa, o resto, aquilo que não se roubou. Modas, rodas, tudo me tonteou. Não presto? Foi o diabo que me comprou...
O que restou em cima da mesa, a sobra, tudo que não se aguentou. Delírios, martírios, o destino que desenhou. E a cobra? Ela mordeu e envenenou...
O que restou em cima da mesa, o triz, tudo que não se papou. Patéticos, sintéticos, a natureza falsificou. Ser feliz? Eu não conheço quem inventou...
O que restou em cima da mesa, a fartura, agora a pose acabou. Agouros, choros, ninguém mais escutou. Frescura? Pois essa dor me atacou...
O que restou em cima da mesa, o excesso, quase que se vomitou. Planos, humanos, o carrasco que me matou. Processo? Nem meu PC processou...
O que restou em cima da mesa, a sobremesa, o que não se aguentou. Fantasias, agonias, pobre de quem sonhou... Sou a presa? Eu sou quem te matou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLIV (Tranças Imperceptíveis)

Quero deixar de trair a mim mesmo dentro desse calabouço de falsas ilusões Nada é mais absurdo do que se enganar com falsas e amenas soluçõe...