Eu não estou desesperado,
Eu sou um desesperado...
Acho que cheguei neste fim de festa,
Onde todos já foram embora
Para catar algum resto de alegria,
Se é que me sobrou algum...
Eu não estou malvado,
Eu sou um malvado...
Não se engane com esse meu riso,
Nem com os meus desejos,
Não pedi para que eles existissem
E muito menos não conseguir...
Eu não estou tristonho,
Eu sou um tristonho...
Nada posso fazer, nem por mim,
Quando muito posso te acordar,
Te avisar do perigo iminente
Que o poder pode representar...
Eu não estou idiota,
Eu sou um idiota...
Eu sou como essa maioria
Que quer andar sem pés
E acaba se jogando do alto
Sem que tenha alguma asa...
Eu não estou poeta,
Eu sou um poeta,,,
Pela força da circunstância
Enxergo um pouco mais
E até tenho esse meu medo
Destes olhos caírem no chão...
Eu não estou desesperado,
Eu sou um desesperado...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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