Eu piso em brasas, eu piso em ovos,
Ainda bem que meus sapatos são novos!
Corro apressado no tiroteio
Nem sei de onde o tiro veio
Não sei quem começou a briga
Se é moderna ou se é antiga
Sou um cara sempre da paz
Não quero o nome pelos jornais!
Eu piso em cacos, eu piso em pregos,
Ainda bem que meus sapatos são cegos!
Fico calado sem opinião
Não disputo por ter razão
Se alguém discute eu nem vi
Por favor me tirem logo daqui
Quero estar longe e a salvo
Não quero ser mais um alvo!
Eu piso em pedras, eu piso em armadilha,
Ainda bem que meus sapatos sabem a trilha!
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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