Palco improvisado e picadeiro sem clowns.
Nuvens de chuva que insistem em não cair.
Notícias velhas em mais novas surpresas.
A arma disparou sem munição nenhuma.
Expressão em latim para pedir uma dose.
Todo amor aconteceu foi por um acaso.
Dormiremos com os olhos bem abertos.
Faltou sal para fazermos o nosso doce.
A rua não conhece mais minha presença.
Para fazer algum poema basta ter tédio.
Enfrento cangaceiros trocando de vídeo.
Da próxima vez vou até Portugal à nado.
Qualquer melancia pode ficar tranquila.
Ficamos mais zens berrando bem alto.
Vamos escolher as frases mais babacas.
Nossa escola agora parece um cemitério.
O ferro enferrujou sem ter nem ferrugem.
O faraó foi jogar no camelo e ganhou.
Um dia aprendo quanto é dois mais dois.
Acabou o capim novo para o burro velho.
Se eu sumir é porque estou meio sumido.
Agora bossa nova só é tocada no violino.
A temporada de caça ao pato de atiradeira.
Compramos piolhos na feira livre ontem.
A indecisão é que acaba decidindo tudo.
E...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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