Peitos de silicone, brinquedos de Minas Gerais...
Aceita que dói mais...
Eu faço tudo o que não posso
Tenho um treco, tenho um troço
O que não é meu, é nosso...
Asas de avião, enredos de velhos carnavais...
Aceita que dói mais...
Eu faço apenas o que não quero
Esperneio, me desespero
O que não é um, é zero...
Indiscreta flatulência, estou cheio de gás...
Aceita que dói mais...
Eu erro a conta, é noves fora
Já tou indo, vou-me embora
Não é daqui, é de fora...
Roubou todo mundo, foi morar em Cascais...
Aceita que dói mais...
Eu me arrependo, peço perdão
É das tripas, é do coração
Bola no pé, bola na mão...
Quando morrer, me enterrem nos quintais...
Aceita que dói mais...
Eu grito alto, não me calo
Não provoquem, que eu falo
Furar o olho, é o regalo...
Vamos passear, mesmo que seja sob temporais...
Aceita que dói mais...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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