quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Aceita Que Dói Mais

Peitos de silicone, brinquedos de Minas Gerais...

Aceita que dói mais...


Eu faço tudo o que não posso

Tenho um treco, tenho um troço

O que não é meu, é nosso...


Asas de avião, enredos de velhos carnavais...

Aceita que dói mais...


Eu faço apenas o que não quero

Esperneio, me desespero

O que não é um, é zero...


Indiscreta flatulência, estou cheio de gás...

Aceita que dói mais...


Eu erro a conta, é noves fora

Já tou indo, vou-me embora

Não é daqui, é de fora...


Roubou todo mundo, foi morar em Cascais...

Aceita que dói mais...


Eu me arrependo, peço perdão

É das tripas, é do coração

Bola no pé, bola na mão...


Quando morrer, me enterrem nos quintais...

Aceita que dói mais...


Eu grito alto, não me calo

Não provoquem, que eu falo

Furar o olho, é o regalo...


Vamos passear, mesmo que seja sob temporais...

Aceita que dói mais...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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