Aquilo que eu não sei
e aquilo que não vou saber
Esquinas tão miseráveis
povoadas de mais indigentes...
Estirpes de assassinos
ou ainda meros bufões
Tudo o que eu queria
se perdeu pelo caminho...
Um corte profundo na carne
um soco bem dado na cara
Vamos brincar com a dor
até não aguentarmos mais...
Todos os enigmas resolvidos
com intenções mais babacas
E inocentes palavrões ditos
pelos que são mais santos...
Uma dose ou mais de uma
até nossa mente entorpecer
Cair e ficar pela calçada
até o cão lamber nossa boca...
Não tenho mais dinheiro
roubaram a minha carteira
Vergonha também mais não
onte a joguei numa fogueira...
Meu tesão virou só cinzas
e nem isso consegui pegar
Não sou mais um miserável
apenas estou nesta miséria...
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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