Tento à noite. No dia não dá.
O dia é malvado, ri da nossa cara...
A terra só come de dia, só come...
Faço votos. De que tudo dê certo.
Cada dia são erros, nós não procuramos...
Eles vêm ao nosso encontro, vêm...
Tento à noite. Na tarde não dá.
A tarde é sonhadora, a sede aumenta...
Quem sou eu pra ficar sob o sol?
Me adoentei. Até a esperança dói.
Não é espinho, mas fere nossa carne...
Nem é lâmina, mas sai cortando...
Tento à noite, tento a noite...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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