Aquilo que não vive - vegeta...
Sem os subterfúgios necessários
Para este final de uma novela
Que acaba não acontecendo...
Aquilo que não vive - se cansa...
Como uma frase qualquer destas
Feita numa parede tão suja
Do banheiro de um bar qualquer...
Aquilo que não vive - só chora...
Como um clown que esqueceu
De qual era a piada que contaria
No meio de sua apresentação...
Aquilo que não vive - perambula...
O mato cresceu nesse meu quintal
E agora não há algum diferença
Entre o que é rua e o que é meu...
Aquilo que não vive - esperneia...
É o menino chorando que não ganhou
O presente no seu aniversário
E por isso está desesperado...
Aquilo que não vive - teima...
Dar socos direto nas pedras
E mesmo quando começa à sangrar
Arranja qualquer uma desculpa...
Aquele que não vive - humano é...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:
Postar um comentário