Agora os bem-te-vis
Com seus casacos de penas
Para a nova manhã semigelada...
Agora os bem-te-vis
Misturando seu canto insistente
Com sei lá que outros pássaros...
Como será seu dia?
Poderão visitar as alturas
Que sempre desejei visitar
Mas que vai ficar na vontade...
Vão conjugar verbos
Que nunca vou conjugar
Por minha pequenez de fala...
Vão poder ver a noite?
Isso nunca se sabe
Pois cada uma surpresa
Não coloca anúncio na net...
Existem gatos e pedras
Quedas de toda a espécie
Para cada qual o seu final...
Posso parar por aqui esse poema?
Agora os bem-te-vis que poetizam...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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