O bigode está sujo de sopa ou é de nicotina?
Há várias questões mais caras aos filósofos
Que possuem um pouco de manteiga para si...
Ela é estrela só no nome ou é de verdade?
Todas as vezes que consigo estalar os dedos
Saem faíscas laranja com cor de chocolate...
Ainda estou vivo ou os mortos é que se enganam?
Como um camundongo furto umas pequenas coisas
No silêncio cúmplice de qualquer uma madrugada...
Essa primeira vez também poderá ser a última?
Nunca tive um carrinho desses de controle remoto
Mas como me dá saudades aquele meu Ferrorama...
Neste vidro vazio cabem quantos peixinhos de vala?
Até os dias de hoje não conseguimos descobrir enfim
Se tudo o que acontece caminha por esse labirinto...
Aqueles olhos que eram azuis ainda são do mesmo tom?
Nunca saberemos se aquilo que vemos é ou não é ainda
Apenas um erro de percepção daqueles mais grosseiros...
Quem aí possui tanto medo de ter que tomar injeção?
Todos nós temos uma grande coleção de joelhos ralados
Em enormes quedas semelhantes aos pulos em abismos...
Onde está aquele trio de composições mais que absurdas?
Devem estar bem trancadas na gaveta desta nossa memória
Neste quarto velho que alguns chamam ainda de coração...
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