As palavras são grande mentirosas
Apenas insetos para a aranha do tempo
Em suas teias quase malvadas...
A graça acaba passando...
Vamos rir enquanto temos tempos
As cortinas vivem em extremo cansaço
E querem sempre logo descer...
Todas as palmas são falsas...
Todos os que estão lá na plateia
Só aplaudem a si mesmo todo o tempo
Mesmo quando dá tudo errado...
Os amores são quase vãos...
Amar é um ofício bem complicado
Todos nós só amamos um espelho
Que nos reflete em outro alguém...
A vida nunca existiu na verdade,,,
Tudo aquilo que pensa que pulsa
É apenas a antessala para o final
Que nunca sabemos quando vai ser...
Tudo não passa de paródia malfeita...
Só as novelas possuem um final feliz
Que nem sabemos quem a escreveu
E se talvez terá algum volume dois...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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