terça-feira, 28 de julho de 2020

Poema Morno

Nunca subestime a vida dos velhos sentados nos bancos de praça!
o que eu fiz ou não fiz
agora tanto faz
o tempo escorreu pelos dedos
e toda agonia cessada está
não gostaria de ter sido mais um
mas pensando bem
até que tive alguma sorte

o dia não está quente
nem tampouco frio
e fico imaginando 
que a morte deve ser 
apenas desse jeito

o que eu amei ou não amei
agora já é tarde
o coração se endureceu
mais que uma pedra
mas ele não foi o culpado
a culpa foi da vida
que apronta essas coisas

a noite não está quente
nem tampouco fria
e lá fora o silêncio
parecido bem mais 
com o fim de tudo

tudo apenas morno...

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