terça-feira, 21 de julho de 2020

AmarÉ

Um menino senta-se na alvenaria com um barquinho de papel na mão ...
A maré subiu... subiu demais...
e não mais desceu como em outros mares...
E meu coração afogado pede paz...
apesar de todos esses meus pesares...

O dia escureceu... foi tão ligeiro...
e eu dentro de uma noite quase infinita...
Não teve carnaval no meu fevereiro...
e a tristeza em pareceu tão bonita...

A solidão seguiu-me os rastros...
veio me caçar... eu era a sua caça...
Esse era o meu destino... quase nefasto...
de viver morrendo... pura pirraça...

A maré desceu... desceu demais...
e não mais subiu como em outros mares...
E meu coração não se salva mais...
não preciso mais nem dos seus pesares...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...