Sem ter o que gastar,
Sem ter o que vestir,
Sem poder comemorar,
Sem ter por onde ir,
Mas escrever como fazem poucos
A alegria contagiante dos loucos,
Falar sobre belezas nunca antes vistas,
Das belezas que fogem das vistas...
Sem ter o que fumar,
Sem ter o que beber,
Às vezes me falta o ar,
Às vezes me falta você,
Nem sempre rir eu consigo,
Mas nunca trair um amigo,
Isso é viver mesmo sendo enganado
Quem é certo? Quem é errado?
Sem ter grana na conta,
Sem ter uma linda casa,
Sem tecnologia de ponta,
Minha dívida se atrasa,
Não tenho medo e confesso,
Não sou egoísta e perverso,
Minha cidade é o mundo,
Eu a percorro em um segundo...
Sem prêmios, nem troféus,
Sem terras, sem ter os céus,
Sem ajuda, sem patrocínio,
Contando apenas com o raciocínio,
Andando em ritmo de samba,
Testando o equilíbrio na corda bamba,
Sonhando em um dia chegar lá,
E viver e viver, ser amado e poder amar
Quem sabe amanhã é outro dia
E quem não mais sonha enfim sonharia...
Sem ter o que gastar,
Sem ter o que vestir,
Sem poder comemorar,
Sem ter por onde ir,
Mas escrever como fazem poucos
A alegria contagiante dos loucos,
A alegria dos que não têm nada,
Mas são os donos da estrada...
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