quarta-feira, 13 de junho de 2018

Eu Sou Eu e Eu Sou Muitos ou Universalismo do Poeta Enquanto Triste e Enquanto Alegre Também

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Eu sou apenas eu, 
Mas sou e consigo ser muitos,
Na breve experiência de ser humano,
Sei que meus dias correm de encontro à outros,
Mas é isso que eu posso fazer...

Eu sou apenas eu,
Mas sou até quem não conheço,
Sou aquele que nunca vi,
Eu sinto dores e todos sentem,
Tudo é diferente e tão igual...

Eu sou apenas eu,
Como isso não me bastasse,
Minh'alma consegue ir por todo espaço,
Conhecendo cores que meus olhos desconhecem
E provando novos sabores em cada momento...

Eu sou apenas eu,
Nunca fui chamado por outro nome,
Mas sou proprietário de todos os choros,
Morri nas batalhas de todas as guerras
E fui as crianças nas mãos dos malvados...

Eu sou apenas eu,
Possuo em minhas mãos a chave mágica,
O claro enigma que os sábios desconhecem
E o veneno mais forte que os tolos não percebem,
Em meus versos posso prender tudo que existe...

Eu sou apenas eu
E eu sou muitos,
No duro afã do ofício de viver...

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